quarta-feira, 13 de junho de 2012

ALIENAÇÃO PARENTAL


ALIENAÇÃO PARENTAL

Por João Neto

Julgamento de caso de alienação parental fazendo alusão a síndrome da alienação parental, registrado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.


Segue o link para outros casos de alienação parental: http://www.alienacaoparental.com.br/jurisprudencia-sap

ALIENAÇÃO PARENTAL: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS


ALIENAÇÃO PARENTAL: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

 Andrija Almeida



A denominação “Síndrome da Alienação Parental” foi utilizada pela primeira vez em 1985, nos Estados Unidos, pelo psiquiatra Richard Gardner para designar situações nas quais a mãe ou o pai de uma criança propicia o rompimento de laços afetivos do infante com o outro genitor, suscitando sentimentos de ansiedade e receio.

Não obstante a nomeação recente, segundo Dias (2008), a Síndrome da Alienação Parental é um fenômeno antigo que tem se evidenciado no contexto contemporâneo em virtude da intensificação das transformações sociais nas estruturas de convivência familiar.

Para Teixeira e Bentzeen (2010), a Síndrome da Alienação Parental consiste em recurso usado por um genitor tanto para restringir o direito de convivência quanto para neutralizar o exercício da autoridade parental do outro genitor, comumente o não guardião, com relação aos filhos.

Conforme as autoras, este artifício engloba comportamentos que atingem negativamente, sobretudo a dimensão educativa e afetiva dos laços entre pais e filhos quando de reconfigurações familiares derivadas de rupturas conjugais sem, no entanto, afetar o dever do genitor não guardião quanto à assistência econômico-financeira à criança mediante o pagamento de pensão alimentícia. Assim, “o que o genitor alienante objetiva é evitar o contato entre o filho e o alienado, fazendo de tal conduta instrumento de vingança contra o alienado” (TEIXEIRA; BENTZEEN, 2010, p.409).

Teixeira e Bentzeen (2010) assinalam ainda que a Síndrome da Alienação Parental pode se concretizar de múltiplas formas, envolvendo manifestações que incluem o desejo do alienante de ter o amor do filho em caráter de exclusividade; a mudança de cidade, estado ou país pelo progenitor que detém a guarda da criança; a invenção de falsos abusos físicos e sexuais contra o genitor alienado, a implantação de falsas memórias, bem como outras estratégias que visam à ruptura da covivência parental.

A implantação de falsas memórias se destaca um dos procedimentos mais comuns utilizados pelo alienante em suas práticas e consiste em fazer “crer que, uma situação que não existiu realmente, ocorreu e tem em seu favor, a idade da criança á época dos fatos que se pretende fazê-la acreditar: quanto menor, mais vulnerável” (TEIXEIRA; BENTZEEN, 2010, p.415).  O objetivo deste processo sistemático e rotineiro é, segundo as autoras, quebrar os laços de afetividade existentes entre o genitor não guardião e os seus filhos.



REFERÊNCIAS

DIAS, Maria Berenice. Síndrome da alienação parental, o que é isso? Revista do Centro de Apoio Operacional Cível do Ministério Público do Estado do Pará. Belém, Ano 11, n.15, p. 45-48, dez. 2009. Disponível em: < https://www2.mp.pa.gov.br/sistemas/gcsubsites/upload/25/REVISTA%20DO%20CAO%20CIVEL%2015(3).pdf >. Acesso em: 19 mai. 2012.



TEIXEIRA, Ana Carolina B.; BENTZEEN, Ana Luiza C. Bahia Von. Síndrome da alienação parental. In: COLTRO, Antonio Carlos Mathias; ZIMERMAN, David E. (Org.). Aspectos psicológicos na prática jurídica. Campinas, SP: Millenium, 2010. p. 409-419.

SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL: interface entre Psicologia e Direito


SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL: interface entre Psicologia e Direito.



Por Celeste Maria Pacheco de Andrade



Para tratar da interface Psicologia e Direito, partimos do princípio de interdisciplinaridade, ou seja, uma possibilidade de relação centrada na reciprocidade, orientada por um regime de co-propriedade o qual vislumbra um diálogo entre os dois campos do saber. Nisso está o desafio teórico-metodológico, qual seja, a expectativa de que cada um dos campos transcenderá sua especialidade, a partir do reconhecimento dos seus próprios limites, ao mesmo tempo acolhendo as contribuições uma da outra. Trata-se de uma investida complexa, pois se deve ter o cuidado de evitar trocas generalizadas de informações e de críticas. Para além desse alerta, convém considerar a necessidade de se questionar os pressupostos implícitos em cada área, de forma a garantir a construção de interconexões para evitar uma pulverização do saber.

É nessa perspectiva que nos propomos a analisar a interface Psicologia e Direito, considerando que um dos pontos da Ementa da disciplina Psicologia — DIR 308 — é a “Psicologia Judiciária como um ramo da Psicologia Aplicada”. Isso posto, definimos para contemplar a questão, o estudo sobre a Síndrome de Alienação Parental. Para tal recorremos ao que estabelece a Lei nº 12.318, de 26 de agosto de 2010, que “dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990”:



Art. 2º. Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.



Para o que interessa ao propósito da nossa reflexão, qual seja a relação entre as duas áreas de conhecimento, Psicologia e Direito, logo se vê a apropriação do espírito da “síndrome” pelo texto legal, estendendo a responsabilidade para além de um dos genitores, outros parentes como avós ou outros que tenham autoridade sobre a criança ou adolescente, a exemplo de guardiões, tutores, desde que venham a causar dificuldades e comprometer o bom relacionamento com um dos genitores e seus familiares.

É oportuno considerar que o uso do vocábulo síndrome refere-se não a doenças, ou seja, não significa que a criança ou adolescente que se constante como sendo um caso de vítima da alienação parental; significa sim que apresenta um conjunto de sinais e sintomas que podem estar presentes em algum tipo de doença. Por isso é que se para se considerar como caso de alienação parental é necessário o desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar envolvendo Juízo, Ministério Público, advogados e Equipe Técnica, formada por Psicólogo e Assistente Social. Neste caso, para os limites desta reflexão queremos enfatizar o papel do psicólogo, profissional capacitado para identificação dos sintomas que ocorrendo com frequência constitui-se em evidência de um comportamento que compromete a integridade do sujeito que sofre a alienação parental.

Trata-se, portanto de um desequilíbrio de ordem psíquica pela quebra de laços afetivos com o genitor alienado, reconhecendo-se nesta situação a presença de dano afetivo. Sobre este aspecto o art. 3º Lei nº 12.318/2010 assevera que:



Art. 3º. A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda.



Donde se conclui que, o que está em jogo quando se trata da legislação é a garantia do direito fundamental da criança e do adolescente, isto é, a “convivência familiar saudável”; esta não sendo garantida pelo núcleo familiar estará comprometendo “a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar” e, o que é mais grave, “constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente”.

Considere-se que o Psicólogo é tão importante quando se trata de casos de alienação parental que seu papel está definido na Lei nº 12.318/2010, de acordo com a parte processual quando se configura a necessidade de perícia para diagnosticar atos de alienação parental, como se pode ler no art. 5º: “Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial”. Ao que se exige “laudo pericial” resultado de “ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial”.

Assim, diante da reflexão proposta, conclui-se que a alienação parental resulta de um conjunto de mudanças nas relações familiares geralmente resultantes de conflitos familiares cada vez mais frequentes na sociedade moderna. Trata-se de um processo que vem interferindo nos elos de afetividade, provocado por distanciamento entre filhos/filhas e genitores, interferindo sobremaneira na saúde mental e social deles/delas. Esta situação fez com que antes da intervenção do Poder Judiciário, a doutrina e a jurisprudência já tivessem se apropriado da situação.

Ao lado disso, temos que considerar os estudos sociais e psicológicos que atuam no sentido de entender as sequelas desencadeadas pela alienação parental, o que terminou sendo denominado pelos especialistas de “síndrome da alienação parental”, o que vem merecendo um tratamento interdisciplinar, seja na perspectiva da produção acadêmica na área, seja através de intervenções onde se destaca o papel do Psicólogo.



VIDEOS RECOMENDADOS

1) Dra. Maria Aglaé Tedesco Vilardo, juíza da 15ª Vara de Famíia do RJ – Uma das mais atualizadas e dinâmicas juízas do país. Video SAP, FDAS e GC – TVE - Rio




2) Dra. Andreia Calçada, Autora do livro “Falsas Acusações de Abuso Sexual e Implantação de Falsas Memórias” – a ser lançado brevemente pela Editora Equilíbrio/APASE. FDAS - BANDRio




3) Dra. Andreia Calçada, Autora do livro “Falsas Acusações de Abuso Sexual e Implantação de Falsas Memórias” – a ser lançado brevemente pela Editora Equilíbrio/APASE. FABS – BANDRio




4) A AMPERJ - Associação do Ministério Público do Rio de Janeiro apóia e divulga o Lançamento do livro "Síndrome da Alienação Parental e a Tirania do Guardião" Precedido de debate com as Promotoras Rosana Barbosa Cipriano Simão, Patrícia Pimentel e Lúcia Teixeira e com a Assistente Social do MP do Rio de Janeiro Maria Luíza Campos Silva Valente.




INDICAÇÃO DE LEITURA

LIVROS: Síndrome de Alienação Parental

A Tirania Do Guardião

Organizador: APASE, Vários Autores

Editora: EQUILIBRIO

ISBN: 8599329057

Brochura, 128 pág.

1ª Edição - 2007





Incesto e Alienação Parental Realidades Que A Justiça Insiste Em Não Ver

Autor: DIAS, MARIA BERENICE (Org.)

Editora: RT

ISBN: 8520331475

Brochura, 208 pág.

1ª Edição - 2007



MONOGRAFIAS:

A Síndrome da Alienação Parental nos casos de separações judiciais no direito civil brasileiro.

Autor: Felipe Niemezewski Rosa.

Ano: 2008



A Síndrome da Alienação Parental e o poder judiciário

Autor: Igor Nazarovicz Xaxá

Ano: 2008

BEHAVIORISMO


BEHAVIORISMO

Por Waldemar Porto



Behaviorismo, também conhecido como Comportamentalismo, Teoria Comportamental, Análise Experimental do Comportamento ou simplesmente Análise do Comportamento, é um termo genérico para agrupar diversas e contraditórias correntes de pensamento na Psicologia que tem como unidade conceitual o comportamento, mesmo que com diferentes concepções sobre o que seja o comportamento. BEHAVIOR significa comportamento, conduta. Tal teoria surgiu em oposição à Psicologia da mente, se opondo ao método introspectivo, substituindo por métodos subjetivos.

Pode-se dizer que o primeiro behaviorista explícito foi (considerado o pai do behaviorismo), que em 1913 lançou um manifesto conhecido como “A Psicologia vista por um behaviorista”, que declarava a psicologia como um ramo puramente objetivo e experimental das ciências naturais, e que tinha como finalidade prever e controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo. Ele não estava propondo uma nova ciência, mas sim defendendo a ideia de que a Psicologia deveria ser redefinida como uma ciência que estuda o comportamento.

Nesse sentido, estabeleceu que:



A psicologia, tal como a interpreta o comportamentista, é um ramo puramente objetivo e experimental da ciência natural. Seu objetivo teórico é a predição e o controle do comportamento. A introspecção não é parte essencial de seus métodos, nem o valor científico de seus dados depende da facilidade com que podem ser interpretados através da consciência. O comportamentismo, em seu esforço para conseguir um esquema unitário da resposta animal, não reconhece linha divisória entre o homem e os animais irracionais. O comportamento do homem, com todo o seu refinamento e toda a sua complexidade, constitui apenas uma parte do esquema total de pesquisa do comportamentista.(...) A psicologia que eu tentaria construir consideraria como ponto de partida, em primeiro lugar, o fato observável de que os organismos, tanto humanos quanto animais, se ajustam a seus ambientes através de bagagem hereditária e de hábitos. Tais ajustamentos podem ser muito adequados ou podem ser tão inadequados que o organismo mal mantém sua existência; em segundo lugar alguns estímulos levam os organismos a apresentar as respostas. Num sistema de psicologia inteiramente desenvolvido, dada a resposta é possível predizer o estímulo; dado o estímulo é possível predizer a resposta. Esse conjunto de afirmações é extremamente grosseiro e rude, tal como deve ocorrer com todas as generalizações desse tipo. No entanto, é difícil dizer que são mais grosseiras e menos realizáveis do que as afirmações que aparecem atualmente nos manuais de psicologia.



Entretanto, é necessário ressaltar que, antes de Watson, existiram dois pesquisadores que deram o primeiro passo nesse pensamento: 1) Edward Lee Thorndike e 2) Ivan Petrovich Pavlov.  Aquele foi o pioneiro das tentativas para compreender a aprendizagem dos animais através da realização de experimentos. Para ele, o aprendizado se dava por meio do estabelecimento de um elo entre uma resposta e a produção de situação agradável. Ele notou que a repetição de um ato que causava um efeito agradável, aumentava a probabilidade de ocorrência deste ato (Lei do efeito).

Ao passo que Pavlov descobriu o que ele próprio denominou de condicionamento clássico. Tal fisiologista observou que os cães não salivavam apenas ao ver a comida, mas também quando associavam algum som ou gesto à chegada da comida (como por exemplo, o som dos passos de seu assistente ou a apresentação da tigela de alimento). A ideia básica do condicionamento clássico consiste em que algumas respostas comportamentais são reflexos incondicionados, inatas em vez de aprendidas. As ideias de Pavlov foram de fundamental importância, pois serviram de base para criação da Escola Behaviorista, por John Watson.

Como já foi dito, o pai do behaviorismo buscava a construção de uma Psicologia sem mente, livre de conceitos mentalistas e de métodos subjetivos, e que tivesse a capacidade de prever e controlar.

É entendimento de Ana Bock que:



Apesar de colocar o “comportamento” como objeto da Psicologia, o Behaviorismo foi, desde Watson, modificando o sentido desse termo. Hoje, não se entende comportamento como uma  ação isolada de um sujeito, mas, sim, como uma interação entre aquilo que o sujeito faz e o ambiente onde o seu “fazer” acontece. Portanto, o Behaviorismo dedica-se ao estudo das interações entre o indivíduo e o ambiente, entre as ações do indivíduo (suas respostas) e o ambiente (as estimulações).



Filmes recomendados


Os labirintos aqui trilhados são os dos textos científicos de Henri Laborit. O próprio Prof. Henri Laborit explica neste filme sua teoria sobre como o ambiente interfere na formação da personalidade dos seres humanos. Ele expõe sua teoria sobre o comportamento humano, demonstrando suas ideias através de experimentos com ratos. Mas dessa vez, ao invés de ratos de laboratórios, os objetos de investigação são dois homens e uma mulher, de cidades, origens sociais e familiares diferentes, cujas vidas são acompanhadas desde a infância até a fase adulta. Como num jogo de espelhos, o filme narra a vida dos três personagens – um gerente de uma empresa em crise, uma atriz que largou a carreira artística e um político com ambições literárias. Em Meu Tio da América, Resnais debruça-se mais uma vez sobre a construção do imaginário e da memória para criar uma estrutura narrativa original. O título do filme faz alusão a um personagem obscuro. Não se sabe se ele está morto, rico ou miserável, numa América que jamais aparece.




No futuro, Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, ele usado em experimento destinado a refrear os impulsos destrutivos, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca.


A evolução Histórica da Psicologia


A evolução Histórica da Psicologia

Por João Neto

A história da construção da Psicologia está ligada, em cada momento histórico, às exigências de conhecimento da humanidade, às demais áreas do conhecimento humano e aos novos desafios colocados pela realidade econômica e social e pela insaciável necessidade do homem de compreender a si mesmo.



A Psicologia entre os gregos

A história do pensamento humano tem um momento áureo na Antiguidade, entre os gregos, particularmente no período de 700 a.C. até a dominação romana, às vésperas da era cristã.

É entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar uma Psicologia. O próprio termo psicologia vem do grego psyché (alma), e de logos (razão), portanto psicologia significa "estudo da alma".

Os filósofos pré-socráticos preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção. Havia uma oposição entre os idealistas (a ideia forma o mundo) e os materialistas (a matéria que forma o mundo já é dada para percepção).

Sócrates postulava que a principal característica humana era a razão. Ao definir razão peculiaridade do homem ou como essência, ele abriu um caminho que seria muito explorado pela Psicologia.

Platão procurou definir um "lugar" para razão em nosso próprio corpo. Definiu esse lugar como sendo a cabeça, onde se encontra a alma do homem. Quando alguém morria, a matéria (o corpo) desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar outro corpo.

Aristóteles foi inovador ou postulas que a alma e o corpo não poderiam ser dissociados. Para ele, a psyché seria o princípio ativo da vida. Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui sua própria alma. Dessa forma os vegetais, os animais e os homens teriam alma. Os primeiros teriam uma alma vegetativa, os segundos também e ainda a alma sensitiva. Os homens teriam os dois níveis anteriores e ainda a alma racional.

Sua obra “Da anima”, pode ser considerada o primeiro tratado em Psicologia.

A Psicologia no Império Romano e na Idade Média

Uma das principais características desse período é o aparecimento e desenvolvimento do cristianismo, uma força religiosa que passa a força política dominante. Falar de Psicologia nesse período é relacioná-la ao conhecimento religioso, já que ao lado do poder econômico e político, a Igreja Católica também monopoliza do saber e, consequentemente, o estudo do psiquismo.

Nesse sentido dois grandes filósofos representam esse período:

Santo Agostinho, inspirado em Platão, também fazia uma cisão entre a alma e o corpo, entretanto a alma não era somente a sede da razão, mas a prova de uma manifestação divina no homem.

São Tomás de Aquino foi buscar em Aristóteles a distinção entre essência e existência. Como o filósofo grego, considera que o homem, na sua essência, busca a perfeição através de sua existência. Afirma ainda, que somente Deus seria capaz de reunir a essência e a existência, em termos de igualdade. Portanto, a busca de perfeição pelo homem seria a busca de Deus.



A Psicologia no Renascimento

Neste período Descartes postulou a separação entre mente (alma, espírito) e corpo, afirmando que o homem possui uma substância material e uma substância pensante, e que o corpo, desprovido do espírito, é apenas uma máquina. Esse dualismo mente-corpo torna possível o estudo do corpo humano morto, o que era impensável nos séculos anteriores, e dessa forma, possibilita o avanço da Anatomia e da Fisiologia, que iria contribuir em muito para o progresso da própria Psicologia.



A Origem da Psicologia Científica

É em meados do século 19 que os problemas e temas da Psicologia, até então estudados exclusivamente por filósofos, passam a ser também, investigados pela Fisiologia e pela Neurofisiologia em particular. Os avanços que atingiram também essa área levaram a formulação de teorias sobre o sistema nervoso central, demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos eram produtos desse sistema.

Para se conhecer o psiquismo humano passa a ser necessário compreender os mecanismos e o funcionamento da máquina de pensar do homem seu cérebro. Assim a Psicologia começa a trilhar os caminhos da Fisiologia, Neurofisiologia e Neuroanatomia.



A Psicologia Científica

O status de ciência é obtido a medida que a Psicologia se liberta da Filosofia, e atrai novos estudiosos e pesquisadores, que, sob os novos padrões de produção de conhecimento, passam a:

·          definir seu objetivo de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a consciência);

·          delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia;

·          formular métodos de estudo desse objeto;

·          formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área.

Embora a Psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela encontra campo para um rápido crescimento, resultado do grande avanço econômico que o colocou na vanguarda do sistema capitalista. É ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas da Psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente.



O Funcionalismo

O Funcionalismo é considerado como a primeira sistematização genuinamente americana de conhecimentos em Psicologia. Uma sociedade que exigia o pragmatismo para o seu desenvolvimento econômico acaba por exigir dos cientistas americanos o mesmo espírito. Desse modo, para a escola Funcionalista de W. James importa responder "o que fazem os homens" e "por que o fazem". Para responder a isso W. James elege a consciência como o centro e suas preocupações e busca a compreensão de seu funcionamento, na medida em que o homem a usa para adaptar-se ao meio.



O Estruturalismo

O estruturalismo está preocupado com a compreensão do mesmo fenômeno que o Funcionalismo: a consciência. Mas, diferentemente de W. James, Titchner irá estudá-la em seus aspectos estruturais, isto é, os estados elementares da consciência como estruturas do sistema nervoso central. Esta escola foi inaugurada por Wundt, mas foi Titchner, seu seguidor, quem primeiro utilizou a denominação de estruturalismo.



O Associacionismo

Edward L. Thorndike é o principal representante do Associacionismo, e sua importância está em ter sido o formulador de uma primeira teoria de aprendizagem na Psicologia. O termo associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de associação das idéias das mais simples as mais complexas. Assim, para aprender um conteúdo complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as idéias mais simples, que estariam associadas àquele conteúdo.



As Principais Teorias da Psicologia no Século XX

As três mais importantes tendências teóricas da Psicologia no século passado são consideradas por inúmeros autores como sendo o Behaviorismo, a Gestalt e a Psicanálise.

O Behaviorismo, que nasce com Watson e tem um grande desenvolvimento nos Estados Unidos, em função das suas aplicações práticas, tornou-se importante por ter definido o fato psicológico de modo concreto, a partir da noção de comportamento.

A Gestalt, que tem seu berço na Europa, surge como uma negação da fragmentação das ações e processos humanos, realizada pelas tendências da Psicologia científica do século 19, postulando a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade. A Gestalt é a tendência teórica mais ligada à filosofia.

A Psicanálise, que nasce com Freud na Áustria, a partir da prática médica, recupera para psicologia a importância da afetividade e postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão.



Principais Marcos da História da Psicologia:

400 a.C. - Hipócrates relaciona características da personalidade com tipos físicos e propõe uma teoria fisiológica para as doenças mentais.

350 a.C. - Aristóteles salienta a observação objetiva do comportamento humano e propõe três princípios para explicar a associação de ideias.

1650 - Descartes caracteriza a relação corpo - mente como interativa.

1651 - Hobbes antecipa o associacionismo ao declarar que as idéias provêm da experiência sensorial.

1690 - Locke declara que ao nascer a mente é uma "tábua rasa".

1781 - Kant ataca o associacionismo e a perspectiva inatista. Vai influenciar profundamente filósofos e psicólogos.

1809 - Gall, através da frenologia, chama a atenção para as faculdades mentais e para as funções cerebrais.

1811-21 - Bell e Magendia: distinção entre nervos sensoriais e nervos motores.

1838 - Johanes Muller: demonstração da energia específica dos nervos.

1850 - Helmholtz mede os níveis de condução dos impulsos nervosos.

1853 - Claude Bernard estabelece a existência de glândulas endócrinas, apresentando a função glicogénica do fígado.

1859 - Darwin publica A Origem das Espécies, propondo a teoria da evolução através da selecção natural.

1860 - Fechner apresenta vários métodos para medir a relação entre os estímulos físicos e as sensações. "Elementos de Psicofísica" .

1861 - Broca descobre um centro da linguagem no hemisfério esquerdo do córtex.

1869 - Galton estuda as diferenças individuais e aplica o conceito de adaptação selectiva de Darwin à evolução das raças.

1879 - Wundt funda o primeiro Laboratório de Psicologia em Leipzig.

1882 - Stanley Hall funda o primeiro Laboratório de Psicologia nos EUA.

1885 - Ebbinghaus publica os primeiros estudos experimentais sobre a memória.

1890 - William James publica nos EUA o livro Princípios da Psicologia.

1898 - Thorndike desenvolve alguns dos primeiros estudos experimentais sobre a aprendizagem animal.

1900 - Freud publicou "A Interpretação dos Sonhos", onde apresenta muitas das suas interpretações sobre a psicanálise.

1905 - Binet e Simon desenvolvem o primeiro teste de inteligência.

1906 - Pavlov publica os resultados dos seus estudos sobre o condicionamento clássico.

1911 - Thorndike publica "Animal Intelligence".

1912 - Wertheimer publica a primeira formulação do gestaltismo.

1913 - Watson apresenta o manifesto behaviorista.

1917 - Köhler publica os resultados dos seus estudos sobre a resolução de problemas com primatas.

1929 - Berger evidencia a actividade eléctrica do cérebro com o registo dos primeiros electroencefalogramas.

1938 - Skinner publica o resumo dos resultados das investigações sobre o condicionamento operante.

1942 - Carl Rogers apresenta os fundamentos da concepção humanista de terapia.

1949 - Teoria da Informação de Shannon e Weaver.

1954 - Piaget publica A Construção do Real na Criança, que se centra no desenvolvimento cognitivo.

GESTALT


GESTALT

Por Andrija Almeida

Influências teóricas e precursores da Psicologia da Gestalt

As bases conceituais do enfoque da unidade da percepção na Psicologia da Gestalt fundamentam-se nas ideias do filósofo alemão Immanuel Kant. Para este autor, “quando percebemos o que chamamos de objeto, encontramos os estados mentais que parecem compostos de partes e pedaços” (SCHULTZ; SCHULTZ, 2005, p. 319). Entretanto, na perspectiva de Kant, a percepção consiste em uma organização ativa dos elementos e se constitui uma experiência coerente.

Além de Kant, a fenomenologia também exerceu influência teórica sobre a Gestalt.  Contudo, em função das pesquisas desenvolvidas no campo da psicofísica, mormente com estudos sobre as sensações (o dado psicológico) de espaço-forma e tempo-forma (o dado físico), o físico Ernst Mach (1838-1916) e o filósofo e psicólogo Christian von Ehrenfels (1859-1932) são considerados antecessores diretos da Psicologia da Gestalt (BOCK;FURTADO;TEIXEIRA, 2001).

Com base nos estudos psicofísicos que relacionaram a forma e sua percepção, Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1941) estabeleceram os fundamentos de uma teoria eminentemente psicológica acerca da percepção e da sensação do movimento, sendo considerados os fundadores da Psicologia da Gestalt (BOCK;FURTADO;TEIXEIRA, 2001).



Conceitos fundamentais

  • Percepção

A percepção consiste em um dos temas centrais da teoria gestaltista e uma das bases de refutação aos princípios do Behaviorismo, sobretudo no que se referes à relação de causa e efeito entre o estímulo e a resposta.

Em contraposição à abordagem behaviorista, para a Gestalt não há relação de causa e efeito entre o estímulo e a resposta, posto que entre o estímulo fornecido pelo meio e a resposta do indivíduo, situa-se o  processo de  percepção. Desse modo, baseando-se na teoria do isomorfismo, a Gestalt argumenta que o comportamento precisa ser estudado nos seus aspectos mais globais, considerando as condições que modificam a percepção do estímulo (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001).

Na perspectiva da psicologia da Gestalt, o cérebro é um sistema dinâmico no qual os elementos ativos interagem em determinada circunstância por meio de processos que ultrapassam a associação mecânica (SCHULTZ; SCHULTZ, 2005). Desse modo, Wertheimer apresenta os princípios de organização perceptual da Psicologia da Gestalt que, segundo o autor, estão presentes nos próprios estímulos:

a)    Proximidade: os elementos mais próximos no tempo e no espaço tendem a ser agrupados e percebidos juntos;

b)    Continuidade: há uma tendência de a percepção humana conectar os elementos de modo que eles pareçam ser contínuos e fluir em uma direção determinada;

c)    Semehança: as partes semelhantes tendem a ser vistas e agrupadas juntas, formando um grupo;

d)    Preenchimento: há uma tendência de nossa percepção em completar as figuras e de preencher as lacunas a fim de garantir a sua compreensão;

e)    Simplicidade: existe uma tendência de percebermos a figura como tendo boa qualidade sob as condições do estímulo. Essa característica é denominada pela Gestalt de boa forma (SCHULTZ; SCHULTZ, 2005);

f)     Figura/fundo: há uma tendência de organizar as percepções do objeto visto (figura) e do fundo (base) sobre o qual ele aparece (SCHULTZ; SCHULTZ, 2005).



  • Meio geográfico e meio comportamental

Para os gestaltistas, o comportamento está relacionado à percepção do estímulo e, neste sentido, submete-se à lei da boa-forma. Na Psicologia da Gestalt, o conjunto de estímulos determinantes do comportamento é chamado meio ou meio ambiental, que pode ser classificado em dois tipos (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001):

a)    meio geográfico: consiste no meio enquanto tal,ou seja,  o meio físico em termos objetivos;

b)    meio comportamental:  decorre da interação do indivíduo com o meio físico e implica a interpretação desse meio através das forças que regem a percepção (equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade).





  • Campo psicológico

O campo psicológico é compreendido como um campo de força que auxilia na busca da boa-forma. Desse modo, caracteriza-se por “uma tendência que garante a busca da melhor forma possível em situações que não estão muito estruturadas” (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001, p.63).



  • Insight

A Psicologia da Gestalt compreende a aprendizagem como a relação entre todo-parte, que envolve a reorganização do ambiente psicológico do indivíduo (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001; SCHULTZ; SCHULTZ, 2005). Dentro desta perspectiva que considera os aspectos globais do comportamento, Köhler realizou estudos que destacaram evidências acerca do que denominou insight (compreensão ou percepção imediata da relação figura-fundo).



A teoria de campo de Kurt Lewin

Lewin redefine algumas das posições da Gestalt, passando a considerar as necessidades humanas, a personalidade e as influências sociais na análise do comportamento (SCHULTZ; SCHULTZ, 2005). Desse modo, um dos conceitos fundamentais de Lewin é o do espaço vital, definido pelo autor como “a totalidade dos fatos que determinam o comportamento do indivíduo num certo momento” (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001, p.65).

Outra categoria relevante para Lewin é a de “campo psicológico”, que é compreendido como o espaço de vida em sua dinamicidade, onde a totalidade de fatos coexistentes e mutuamente interdependentes é considerada na explicação do comportamento de um indivíduo.

Lewin ainda trabalha com a noção de “realidade fenomênica” que se refere à maneira particular como o indivíduo interpreta uma determinada situação. De acordo com Bock; Furtado; Teixeira (2001), o conceito abrange aspectos relacionados à percepção (enquanto fenômeno psicofisiológico), às características de personalidade do indivíduo, aos componentes emocionais ligados ao grupo e à situação vivida, bem como inclui situações passadas e que se vinculam ao acontecimento por meio das representações atuais no espaço de vida dos indivíduos. Além da análise do comportamento individual, Lewin criou o conceito de campo social para a compreensão do comportamento coletivo e, assim, impulsionou o desenvolvimento da psicologia social.



Contribuições da Psicologia da Gestalt

Entre as principais contribuições dos gestaltistas à Psicologia, destacam-se as influências tocantes às abordagens da percepção, da aprendizagem, do pensamento, da personalidade, da psicologia social e da motivação (SCHULTZ; SCHULTZ, 2005).  Além disso, há desdobramentos da Psicologia da Gestalt na arte, na publicidade e no design.



Críticas à Psicologia da Gestalt

Entre as críticas à Psicologia da Gestalt, destacam-se as dos psicólogos experimentais direcionadas à “baixa cientificidade” dos conceitos básicos utilizados pelos gestaltistas. Por outro lado, outros psicólogos salientam a ênfase da Gestalt na teorização em detrimento das pesquisas empíricas. (SCHULTZ; SCHULTZ, 2005). 

Contudo, Schultz e Schultz (2005) assinalam que tais críticas estão relacionadas a uma perspectiva de ciência experimental fundada em produção de dados quantificáveis e passíveis de análises estatísticas. Segundo os autores, a maioria das pesquisas da Gestalt tem caráter exploratório e investigou processos psicológicos a partir de uma abordagem fenomenológica.



Filmes indicados 


O presidente dos Estados Unidos, Ashton (William Hurt), participará de uma conferência mundial sobre o combate ao terrorismo em Salamanca, na Espanha. Thomas Barnes (Dennis Quaid) e Kent Taylor (Matthew Fox) são os agentes do Serviço Secreto designados para protegê-lo durante o evento. Entretanto logo em sua chegada o presidente é baleado, o que gera um grande tumulto. Na multidão que assiste ao atentado está Howard Lewis (Forest Whitaker), um turista americano que estava gravando tudo para mostrar aos filhos quando retornasse para casa. A partir da perspectiva de diversos presentes no local antes e depois do atentado é que se pode chegar à verdade sobre o ocorrido. (Disponível em: <http://www.interfilmes.com/filme_17194_ponto.de.vista.html>. Acesso em: 24 de abril 2012)


Quatro testemunhas descrevem um estupro e assassinato, entre eles o próprio criminoso (Toshiro Mifune) e, através de um médium (Fumiko Honma), também a vítima. A história se desvela em flashbacks conforme os quatro personagens — o próprio bandido, o samurai assassinado Kanazawa-no-Takehiro (Masayuki Mori), sua esposa Masago (Machiko Kyō) e o lenhador sem nome (Takashi Shimura) — recontam os eventos de uma tarde em um bosque. 




Foca no curso dos romances de dois casais, assim como as vidas amorosas de seus amigos e associados. Centra ao redor das vidas de um grupo de jovens, a maioria com seus 20 anos, vivendo em um bloco de apartamentos, e é dividido em capítulos. Os eventos do filme foram situados tendo como cortina de fundo Seattle e o movimento grunge na cidade durante o começo dos anos 90.



Texto complementar

Chaves da vaguidão - Fernando Sabino

Era um bar da moda naquele tempo em Copacabana e eu tomava meu uísque em companhia de uma amiga. O garçom que nos servia, meu velho conhecido, a horas tantas se aproximou:

– Não leve a mal eu sair agora, que está na minha hora, mas o meu colega ali continuará atendendo o senhor.

Ele se afastou, e eu voltei ao meu estado de vaguidão habitual.

Alguns minutos mais tarde, vejo diante de mim alguém que me cumprimentava cerimoniosamente, com um movimento de cabeça:

– Boa noite, Dr. Sabino.

Era um senhor careca, de óculos, num terno preto de corte meio antigo. Sua fisionomia me era familiar, e embora não o identificasse assim à primeira vista, vi logo que devia se tratar de algum advogado ou mesmo desembargador de minhas relações, do meu tempo de escrivão. Naturalmente disfarcei como pude o fato de não estar me lembrando de seu nome, e me ergui, estendendo-lhe a mão:

– Boa noite, como vai o senhor? Há quanto tempo! Não quer sentar-se um pouco?

Ele vacilou um instante, mas impelido pelo calor de minha acolhida, acabou aceitando: sentou-se meio constrangido na ponta da cadeira e ali ficou, erecto, como se fosse erguer-se de um momento para outro. Ao observá-lo assim de perto, de repente deixei cair o queixo: sai dessa agora, Dr. Sabino! Minha amiga ali do lado, também boquiaberta, devia estar achando que eu ficara maluco.

Pois o meu desembargador não era outro senão o próprio garçom – e meu velho conhecido! – que nos servira durante toda a noite e que havia apenas trocado de roupa para sair. (…)



REFERÊNCIAS

BOCK, Ana Mercês Maria; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva, 2001.



SCHULTZ, Duane P.: SCHULTZ, Sydney Ellen. Psicologia da Gestalt. In: _____. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Pioneira Thomson Lerning, 2005. p. 316-344.