quarta-feira, 13 de junho de 2012

BEHAVIORISMO


BEHAVIORISMO

Por Waldemar Porto



Behaviorismo, também conhecido como Comportamentalismo, Teoria Comportamental, Análise Experimental do Comportamento ou simplesmente Análise do Comportamento, é um termo genérico para agrupar diversas e contraditórias correntes de pensamento na Psicologia que tem como unidade conceitual o comportamento, mesmo que com diferentes concepções sobre o que seja o comportamento. BEHAVIOR significa comportamento, conduta. Tal teoria surgiu em oposição à Psicologia da mente, se opondo ao método introspectivo, substituindo por métodos subjetivos.

Pode-se dizer que o primeiro behaviorista explícito foi (considerado o pai do behaviorismo), que em 1913 lançou um manifesto conhecido como “A Psicologia vista por um behaviorista”, que declarava a psicologia como um ramo puramente objetivo e experimental das ciências naturais, e que tinha como finalidade prever e controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo. Ele não estava propondo uma nova ciência, mas sim defendendo a ideia de que a Psicologia deveria ser redefinida como uma ciência que estuda o comportamento.

Nesse sentido, estabeleceu que:



A psicologia, tal como a interpreta o comportamentista, é um ramo puramente objetivo e experimental da ciência natural. Seu objetivo teórico é a predição e o controle do comportamento. A introspecção não é parte essencial de seus métodos, nem o valor científico de seus dados depende da facilidade com que podem ser interpretados através da consciência. O comportamentismo, em seu esforço para conseguir um esquema unitário da resposta animal, não reconhece linha divisória entre o homem e os animais irracionais. O comportamento do homem, com todo o seu refinamento e toda a sua complexidade, constitui apenas uma parte do esquema total de pesquisa do comportamentista.(...) A psicologia que eu tentaria construir consideraria como ponto de partida, em primeiro lugar, o fato observável de que os organismos, tanto humanos quanto animais, se ajustam a seus ambientes através de bagagem hereditária e de hábitos. Tais ajustamentos podem ser muito adequados ou podem ser tão inadequados que o organismo mal mantém sua existência; em segundo lugar alguns estímulos levam os organismos a apresentar as respostas. Num sistema de psicologia inteiramente desenvolvido, dada a resposta é possível predizer o estímulo; dado o estímulo é possível predizer a resposta. Esse conjunto de afirmações é extremamente grosseiro e rude, tal como deve ocorrer com todas as generalizações desse tipo. No entanto, é difícil dizer que são mais grosseiras e menos realizáveis do que as afirmações que aparecem atualmente nos manuais de psicologia.



Entretanto, é necessário ressaltar que, antes de Watson, existiram dois pesquisadores que deram o primeiro passo nesse pensamento: 1) Edward Lee Thorndike e 2) Ivan Petrovich Pavlov.  Aquele foi o pioneiro das tentativas para compreender a aprendizagem dos animais através da realização de experimentos. Para ele, o aprendizado se dava por meio do estabelecimento de um elo entre uma resposta e a produção de situação agradável. Ele notou que a repetição de um ato que causava um efeito agradável, aumentava a probabilidade de ocorrência deste ato (Lei do efeito).

Ao passo que Pavlov descobriu o que ele próprio denominou de condicionamento clássico. Tal fisiologista observou que os cães não salivavam apenas ao ver a comida, mas também quando associavam algum som ou gesto à chegada da comida (como por exemplo, o som dos passos de seu assistente ou a apresentação da tigela de alimento). A ideia básica do condicionamento clássico consiste em que algumas respostas comportamentais são reflexos incondicionados, inatas em vez de aprendidas. As ideias de Pavlov foram de fundamental importância, pois serviram de base para criação da Escola Behaviorista, por John Watson.

Como já foi dito, o pai do behaviorismo buscava a construção de uma Psicologia sem mente, livre de conceitos mentalistas e de métodos subjetivos, e que tivesse a capacidade de prever e controlar.

É entendimento de Ana Bock que:



Apesar de colocar o “comportamento” como objeto da Psicologia, o Behaviorismo foi, desde Watson, modificando o sentido desse termo. Hoje, não se entende comportamento como uma  ação isolada de um sujeito, mas, sim, como uma interação entre aquilo que o sujeito faz e o ambiente onde o seu “fazer” acontece. Portanto, o Behaviorismo dedica-se ao estudo das interações entre o indivíduo e o ambiente, entre as ações do indivíduo (suas respostas) e o ambiente (as estimulações).



Filmes recomendados


Os labirintos aqui trilhados são os dos textos científicos de Henri Laborit. O próprio Prof. Henri Laborit explica neste filme sua teoria sobre como o ambiente interfere na formação da personalidade dos seres humanos. Ele expõe sua teoria sobre o comportamento humano, demonstrando suas ideias através de experimentos com ratos. Mas dessa vez, ao invés de ratos de laboratórios, os objetos de investigação são dois homens e uma mulher, de cidades, origens sociais e familiares diferentes, cujas vidas são acompanhadas desde a infância até a fase adulta. Como num jogo de espelhos, o filme narra a vida dos três personagens – um gerente de uma empresa em crise, uma atriz que largou a carreira artística e um político com ambições literárias. Em Meu Tio da América, Resnais debruça-se mais uma vez sobre a construção do imaginário e da memória para criar uma estrutura narrativa original. O título do filme faz alusão a um personagem obscuro. Não se sabe se ele está morto, rico ou miserável, numa América que jamais aparece.




No futuro, Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, ele usado em experimento destinado a refrear os impulsos destrutivos, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca.


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